terça-feira, 11 de março de 2014

Laudo: Condropatia patelar grau IV


Respirar.... tudo que eu mais preciso!

Depois de muito choro, e desespero.... me acalmei.  Obrigada aos amigos que imediatamente me deram atenção, em mensagens, telefonemas, puxaram minha orelha, me orientaram... enfim. 
OBRIGADA de coração.

Estranha sensação de que tudo que gosto se foi. Dias difíceis em todos os sentidos. E agora... preciso ser mais forte ainda. Sentimentos ainda confusos e tristes, mas cada minuto que passa vou me sentindo melhor. 
Já estou pensando em REMAR. 

Pois é, assim foram os resultados dos exames (ressonância, raio x dos joelhos, raio x panorâmico). 

Condropatia patelar grau IV 

e desvio lateral da patela


Não posso fazer qualquer tipo de atividade física que dobre e estique a perna. Remédios (6 meses). E umas injeções no joelho e fisioterapia.


Sobre o assunto:


Condromalácia patelar significa amolecimento da cartilagem. Essa condição também é conhecida como síndrome da dor patelo-fermural ou joelho de corredor, e trata-se de patologia crônica degenerativa da cartilagem da articulação da superfície posterior da patela e dos côndilos femorais, gerando desconforto e dor em torno ou atrás da patela.

O termo condromalácia patelar descreve um joelho estruturalmente lesado, enquanto que síndrome da dor patelo-femural diz respeito aos estágios iniciais da patologia, período no qual o quadro ainda pode ser revertido. Todavia, alterações resultantes de reações inflamatórias internas da cartilagem geram uma destruição estrutural de tratamento mais complicado.

A exata causa da condromalácia patelar ainda não foi elucidada, mas existem hipóteses de que sua etiologia esteja relacionada com fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos, que levam ao enfraquecimento e amolecimento da cartilagem. O fator mais comum é o traumatismo, tanto crônico (por fricção crônica entre a patela e o sulco patelar do fêmur), ou por um trauma único, como uma pancada, e também, pode ser resultante de uma lesão aguda da cartilagem femoropatelar, causando uma nutrição inadequada da estrutura em questão devido a fissuras produzidas.

Esta patologia é classificada em quatro níveis distintos, de acordo com Outebridge (1961):
  • Grau I: amolecimento da cartilagem e edemas.
  • Grau II: fragmentação da cartilagem ou rachaduras com diâmetro inferior a 1,3 cm de diâmetro.
  • Grau III: fragmentação ou rachaduras com diâmetro superior a 1,3 cm de diâmetro.
  • Grau IV: erosão ou perda total da cartilagem da articulação em questão, com exposição do osso subcondral.


Como ocorre a condropatia

A condropatia é uma patologia de evolução lenta e pode demorar muitos anos para se desenvolver. Ocorre quando a articulação femoropatelar sofre modificações em sua biomecânica normal decorrente de alguma lesão. É mais comum em mulheres devido à predisposição física, porém também tem uma grande incidência em homens. Essa articulação é muito solicitada em atividades como corrida, musculação, ginástica e em esportes em geral. Quando estes são realizados de maneira excessiva, de forma inadequada ou o indivíduo tem uma predisposição à instalação da lesão, a articulação femoropatelar primeiramente fica inflamada e se os agentes causadores persistirem a cartilagem vai se desgastando até a articulação virar um contato de osso com osso (artrose). Alguns motivos estão fortemente ligados à condropatia. Entre os principais estão:

- Lesões causadas por treino excessivo;
- Deficiência  de força muscular;
- Atividades de impacto;
- Alongamento deficiente;
- Sobrecarga mecânica por excesso de uso;
- Sobrecarga mecânica por encurtamentos musculares;
- Fraqueza do músculo vasto medial obliquo;
- Encurtamento do retináculo lateral do joelho;
- Patela alta- desalinhamento dos membros inferiores;
- Predisposição biomecânica.

Tratamento

O principal tratamento da condropatia da articulação femoropatelar é feito por meio do reequilíbrio muscular, que pode ser adquirido durante sessões de fisioterapia, por exemplo. O tratamento deve ser individualizado, pois cada paciente apresenta uma deficiência específica. O tratamento cirúrgico por artroscopia ou cirurgia aberta é menos frequente e dependerá do grau de lesão e suas causas. O tratamento concentra-se em:
- Alongamento dos músculos posteriores dos membros inferiores;
- Fortalecimento do músculo vasto medial oblíquo
- Propriocepção;
- Medicações analgésicas- técnicas analgésicas em fisioterapia.




Recuperação

As condropatias são IRREVERSÍVEIS. O tratamento das lesões visa eliminar ou diminuir os sintomas, principalmente a dor. A reincidência de dor é alto se o paciente não controlar o déficit que motivou a lesão, seja ele alongamento ou força. O tratamento inadequado ou a falta dele pode desencadear sintomas mais fortes e a descontinuidade dele a reincidência dos sintomas. A prevenção é sempre a melhor saída. As condropatias podem ser evitadas, principalmente, com a manutenção do bom equilíbrio muscular e controlando os fatores de risco como ficar muito tempo sentado e subir e descer escadas muitas vezes ao dia.



MOTIVAÇÃO não pode parar!!!!

Boa semana, bons treinos, ótimas escaladas, e não esqueça de RESPIRAR!! 

Fontes:
http://espafisio.blogspot.com.br/2012/06/condromalacia-e-condropatia-patelar.html
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/reumato/condromalacia/condromalacia.htm
http://o2porminuto.uol.com.br/scripts/materia/materia_det.asp?idMateria=3184
http://fisioterapianaortopedia.blogspot.com/2009/12/condromalacia-patelar.html
http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_print.asp?cod_noticia=1148
Ilustração: http://www.revistapilates.com.br/2010/02/26/condromalacia-patelar-estabilizada-pelo-pilates-2/